
Um filme do caralho: Rocky. Não falo das continuações, mas sim do original de 1976. E também do último: Rocky Balboa. São dois filmes que me emocionam como poucos. Simpatizo com o personagem. Me identifico com ele. Certos personagens são feitos para encantar a todos. Rocky é um deles. Taí um filme em que tudo está no lugar certo. A história, o ator, a trilha sonora, o clima, tudo. Mas vou parar por aqui; não quero que isso tenha ares de crítica fria e cerebral. Seria um crime com o filme. Esse filme tem alma. É vivo. É honesto.
Não é sobre luta. É sobre perseverança, adversidade. É sobre sinceridade. Porra, é um filme sobre se emocionar. Foda-se a SS da intelectualidade que torce o nariz só porque envolve músculos e porque tem o nome "Stallone" nos créditos. Se faz parte desse Terceiro Reich de merda, foda-se você também. Mas se não faz, assista-o. Assista o primeiro e o último, são geniais. Assista o segundo só para dar mais bagagem de enredo.
Simplesmente adoro Rocky e adoro quando ele sobe as escadarias do Museu de Arte da Filadélfia e salta no ar, vitorioso. Algum dia também vou subir aquelas escadarias, estejam elas na Filadélfia ou não.
O filme é sobre vitória, sobre a verdadeira vitória, que não implica necessariamente em ser o vencedor da parada. A vitória consigo mesmo. Tal vitória, nem mesmo a derrota é capaz de esmaecer. Puta que pariu, e peça musical First Date (da trilha sonora composta por Bill Conti), flana pelos headfones. Impossível não se arrepiar.